Atualizado às 11h29 do dia 8/11
Trens do Metrô estação abrindo as portas em movimento, pelo menos é o que diz uma publicação da “Carta Capital” (uma especie de Veja dos simpatizantes dos Partidos do Trabalhadores).
De acordo com a publicação, nos últimos dias 1º e 2 de novembro, dois trens recém-reformados da frota K (aquela que descarrilou na Barra Funda, e abriu as portas do lado oposto na estação Santa Cecília) se movimentaram com as portas abertas. As falhas foram registradas na Linha 3 Vermelha, por onde circulam estes trens. A reforma foi feita há menos de três anos pelo consórcio MTTrens, liderado pela TTrans, empresa envolvida nas denúncias de formação de cartel.
A reportagem diz que uma das composições foi a K05, que no dia 1º, por volta das 15h, estava dando entrada na plataforma da estação Pedro II, no centro da capital, quando a porta número 7 do carro 3 abriu-se antes que o trem parasse completamente. Um funcionário que estava na estação percebeu a falha e avisou imediatamente o Centro de Controle Operacional. O carro foi esvaziado. De acordo com o relatório de falhas, ao qual Rede Brasil Atual e Outras Palavras tiveram acesso, o operador “isolou” o carro com problema e seguiu viagem. A matéria diz que o trem ficou retido sob análise dos técnicos e engenheiros da Comissão Permanente de Segurança (Copese) da empresa.
Ainda segundo a Carta Capital, no sábado 2 de novembro, o trem K01 se movimentou com portas abertas. A falha aconteceu às 7h30 na estação Belém, na zona leste. O problema foi parecido com o registrado no dia anterior: a composição abriu portas antes de parar totalmente na plataforma. No entanto, com um agravante: o trem acelerou antes de fechá-las por inteiro. O defeito obrigou o operador a acionar os freios de emergência para paralisar a composição, que estava no modo automático. Os técnicos do Metrô recolheram o K01, não encontraram anormalidades e o colocaram de volta em circulação.
Como se não bastasse, o texto ainda mostra relatos de funcionários apontando uma possível vista grossa do Metrô: “É muito exagero uma empresa que transporta quatro milhões de pessoas por dia usar o acaso como controle de qualidade”, protesta um metroviário ouvido pela reportagem, e que prefere manter o anonimato. “A companhia é uma caixa blindada jogada no fundo do mar. Não nos dizem nada. Em caso de acidentes graves, os primeiros a morrer seremos nós.” – diz outro.
O Metrô respondeu via twitter que “todos os trens passam por manutenção preventiva e corretiva e que a prioridade da empresa é a segurança dos usuários”. A companhia diz ainda que os trens não oferecem risco aos usuários.