O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) abriu o primeiro dia do Fórum de Mobilidade Urbana da Folha, e fez duras criticas ao uso do transporte individual, em detrimento do coletivo. O petista diz ter a sensação que toda a superfície da cidade foi privatizada com a escolha do meio de transporte classificada por ele como ‘indigesta’. “Todo investimento viário de São Paulo teve o carro como beneficiário direto. As marginais são prova disso”, afirmou.
O petista diz ainda que a capital não tem mais espaço para o carro: “O problema não é todo mundo ter carro. O problema é o modo de usar”, afirma. “Os meios viários dão foco demais no carro como meio de transporte. Toda a superfície de São Paulo é privada”, analisa.
Haddad tem investido em faixas exclusiva de ônibus, na tentativa de aumentar a velocidade dos coletivos. Inicialmente, a meta era fazer 150 km até 2016. Após os protestos, passou para 220 km e já foi superada: a cidade atingiu 224,6 km de faixas.
O prefeito lembrou ainda a eficiência dos BRT’s, citando o legado de Curitiba que, na década de 1970, criou o sistema de corredores exclusivos para ônibus articulados: “Nós exportamos para o mundo inteiro [tecnologia de transporte] e não exportamos essa mesma tecnologia para outras cidades”, disse.