Os corredores de ônibus da cidade de São Paulo, criados inicialmente durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, serviram de grande revolução no transporte público da cidade frente ao que se apresentava na época. Finalmente os ônibus não se veriam mais encurralados por carros em meio a congestionamentos enormes, e teriam sua própria faixa para circular.
Porém, os problemas logo começaram a aparecer. As paradas, construídas sem áreas de escape para que ultrapassagens fossem feitas faziam com que se formassem filas quilométricas de ônibus.
A não construção de catracas nas próprias paradas prejudicava a circulação de entrada e saída de passageiros dos transportes, além da pequena extensão do sistema, que acabava por não desafogar tanto o trânsito. De acordo com estudos de mobilidade urbana, a velocidade média dos ônibus pelos corredores da capital nem mesmo chega a 15 km/h.
O prefeito Haddad anunciou um plano ambicioso, bilionário, para cumprir sua meta de governo de acrescentar à cidade mais 150 quilômetros de corredores. Nestes, sim, seriam criados espaços para ultrapassagens de ônibus nos pontos, e as catracas seriam localizadas na própria parada, facilitando a circulação dos usuários.
Ainda em fase de licitação, os corredores teriam agregados a si faixas exclusivas para bicicletas, como mais uma alternativa para melhorar a mobilidade da maior cidade do país.
Resta-nos acompanhar se tal promessa terá sido cumprida ao final do mandato de nosso atual prefeito.