Assim como a prefeitura de São Paulo, o Governo do Estado havia dito que não dialoga com baderneiros, se referindo aos manifestantes que protestaram contra o aumenta da tarifa de ônibus. Agora, o governo também volta atrás e quer se reunir com representantes do MPL para chegar em um acordo sobre o trajeto do protesto, marcado para esta segunda-feira (17) no Largo da batata, em Pinheiros.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou neste domingo (16) que irá convidar lideranças e manifestantes envolvidos nos recentes protestos na capital para uma reunião, na manhã da próxima segunda-feira (17).
“Queremos que os manifestantes exerçam seu direito de manifestar. A Polícia Militar tem condições de planejar com algumas horas de antecedência a melhor forma de reduzir o encontro com o restante da população e de proteger os manifestantes. O fundamental é definirmos um trajeto que será percorrido. Com isso faremos um bloqueio de rua, de modo que a população não saia prejudicada”, defendeu o secretário Fernando Grella, em entrevista coletiva neste domingo.
Proibido uso de balas de borracha
Foi definido também pelo governo que a PM não deve usar balas de borracha.
Pessoas presas por portar vinagre
O secretário disse também que “ninguém vai ser preso por portar vinagre [amanhã]”, quando foi questionado sobre prisões arbitrárias, inclusive de jornalistas que portavam o líquido em protestos anteriores para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo. Grella garantiu, ainda neste domingo, que as investigações sobre supostos excessos cometidos por policiais militares durante as manifestações contra o aumento da tarifa dos transportes já estão sendo realizadas, mas levarão tempo para serem apresentadas. “Quanto aos fatos noticiados, todos estão sendo investigados. Exige tempo, e no tempo certo estaremos divulgando”.
Existência de punks na manifestação
Durante a entrevista deste domingo, Grella e Meira negaram a existência de investigações sobre grupos punks que estariam sendo convocados para integrar os protestos na capital. O levantamento integraria um suposto relatório produzido pelo serviço secreto da Polícia Militar de São Paulo, mas a informação foi negada pelas autoridades.
O próprio MPL deve mapear também quem esta protestando, e quem esta la apenas para badernar, com o intuito de entrega-los para polícia.