Que as panes nas linhas da CPTM viraram rotina isso todo mundo está careca de saber. O que a maioria não sabe é que as obras que podiam evitar estas panes estão atrasadas em 2 anos e meio.
São 12 obras com atraso médio de um ano e oito meses, destinadas a modernizar trilhos, vias aéreas e sistemas de energia, um dos problemas crônicos da rede hoje, cheia e sobrecarregada.
São duas as obras de reformas em vias aéreas e trilhos na linha 11. Uma está atrasada há dois anos e três meses; a outra, há 39 dias.
Problemas recorrentes de energia elétrica também afetam a linha 9 que corre paralela à marginal Pinheiros.
Nela, uma obra em um sistema que monitora e repara à distância falhas em subestações excedeu em 492 dias o prazo de conclusão: deveria terminar em janeiro de 2012, mas a nova previsão é janeiro de 2014.
A CPTM alega que de 2010 para 2012, as ocorrências que necessitam acionamento do sistema PAESE caiu de 49 para 28 por ano.
Questionada, a CPTM não explicou caso a caso os atrasos.
Segundo a CPTM, nas linhas 11 e 12, a maior dificuldade é conciliar as obras de sinalização com a necessidade de manter a rede de trens em funcionamento.
A CPTM quer levar o Expresso Leste até Suzano até o ano que vem.
Nas demais linhas, não houve resposta da assessoria de imprensa da CPTM.
O valor investido mostra, segundo a empresa, que os recursos têm sido usados de “forma eficiente”.
Disse que o trecho Amador Bueno-Itapevi da linha 8 voltará a funcionar neste ano depois de ter sido modernizado. Quatro estações estão em reconstrução (nas linhas 7, 8 e 11) e uma nova será entregue (Vila Aurora, na linha 7).
A estatal disse também tomar providências para ajustar as 89 estações da rede às normas de acessibilidade.
Por Caio Lobo com informações da Folha de São Paulo