São Paulo pode ter 100, 200, 300 Km de BRT ou linhas de Metrô/Trem, mas jamais o problema da mobilidade estará solucionado. O problema esta em o paulistano ter que percorrer vários kms para ir de casa ao trabalho. Esta linha de raciocínio é do próprio prefeito da cidade, Fernando Haddad.
Ele defende ações para que o munícipe não precise passar horas no transporte: “Nem BRT, nem metrô vão resolver problema de mobilidade”, disse o prefeito em evento do Insper para discutir a administração das megacidades.
Segundo o prefeito, diariamente cerca de 4 milhões de habitantes se deslocam mais de 10 km para chegar ao trabalho no centro, contingente principalmente das zonas Leste e Sul. Para tanto, Haddad defende que a solução é combater a concentração de empregos e serviços na área central, uma das principais bandeiras de campanha.
Seguindo esta linha de pensamento, o governo municipal dá os últimos retoques para mandar à Câmara o projeto que vai desonerar empresas que se instalarem na periferia de São Paulo. Um dos alvos será o Imposto Sobre Serviços (ISS).
De acordo com números da Prefeitura, 66% dos empregos estão localizados em apenas 5 das 31 subprefeituras: “Se nós descentralizarmos os incentivos, porque ele (o empresário) iria para Barueri, por exemplo, se ele pode ir para Itaquera, onde tem metrô?”, questionou o prefeito.