A Justiça de São Paulo manteve o ex-presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, como réu de uma ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual desde o fim de 2011.
A decisão foi dada pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública.
A ação trata-se de uma suspeita de fraude na licitação para as obras da linha 5-lilás. A reportagem, que serviu de base para a ação, mostrava que os 14 vencedores da licitação, de R$ 4 bilhões, foram definidos entre as empreiteiras seis meses antes de o resultado ser divulgado.
O ex-presidente do Metrô sustentou ainda que não era presidente do Metrô quando a suspeita de fraude se deu.
Ele assumiu o cargo em 2011, e os problemas ocorreram no ano anterior.
Mas, para a juíza Simone Casoretti, Avelleda não agiu para cancelar a licitação sobre a qual recaíam suspeitas.
Ele deveria, segundo ela, “no mínimo”, ter “tomado as medidas que lhe competiam para resguardar os interesses públicos”.
No fim de 2011, as obras foram suspensas, mas retomadas em seguida, e Avelleda pediu para deixar o cargo.
Por Caio Lobo