Os corredores de ônibus quando bem planejados podem ser grandes aliados na Mobilidade Urbana. Os chamados BRT’s (Bus Rapid Transit) podem carregar um número considerável de passageiros em regiões que não necessita de investimentos pesados, como o Metrô. No Brasil temos poucos exemplos, como em Curitiba com o sistemas “Linha Verde” e a “RIT”, O TransOeste, no Rio de Janeiro, o Corredor Metropolitano de trólebus no ABD Paulista, além do filho único da cidade São Paulo, o Expresso Tiradentes.
Ainda que poucos, nossos corredores são relevantes. Os sistemas mencionados acimas foram bem avaliados pelo ITDP – Institute for Transportation and Development Policy, órgão internacional que reúne especialistas e autoridades em urbanismo e mobilidade, cuja sigla em português é Instituto de Políticas de Transportes e Desenvolvimento.
Para chegar a este ranking, o instituto usou padrões internacionais de eficiência e qualidade, como acessibilidade dos sistemas, viabilidade econômica, qualidade da frota, velocidade operacional e satisfação do usuário. Este conjunto de atributos faz parte do que o órgão denomina melhores práticas de BRT. Trata-se de pontuação entre zero a 100:
Linha Verde e TransOeste – Os campões Brasileiros
A Linha Verde e o TransOeste conseguiram pontuação acima de 85 e conquistaram a categoria ouro. O primeiro tem 9,2 quilômetros de extensão e atende a 36 mil usuários por dia. Possuí bilhetagem externa, cujos as estações são climatizadas e possuem tratamento nos vidros que protegem os passageiros de raios do ultravioleta.
Já o BRT TransOeste com 56 quilômetros de extensão, tem as estações acessíveis e modernas. Cabe destacar o custo da obra, de R$ 770 milhões, valor considerado baixo frente ao número de passageiros atendidos e a redução no tempo de viagem proporcionada pelo espaço exclusivo. O corredor conta com nove pontos de integração e une as zonas oeste e norte do Rio de Janeiro.
Expresso Tiradentes na categoria Prata
O antigo Fura-Fila pontou entre 70 e 84 pontos. Esta categoria significa que o Expresso Tiradentes inclui a maioria dos elementos da melhor prática internacional e é provável que seja rentável em qualquer corredor com demanda suficiente para justificar o investimento de um BRT.
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Trólebus do ABD na categoria Bronze
O Corredor Metropolitano SãoMateus-Jabaquara, juntamente com o braço até o Brooklin aparece entre 55 e 69 pontos do kanking. A categoria bronze trata-se de corredores com algumas características básicas do padrão BRT. Vale lembrar da importância e urgência em que o corredor precisa receber o pré-embarque de passageiros, para agilizar as viagens.
Por Renato Lobo