O Metrô completa este ano 45 anos. Revirando os acervos da estatal foi localizado os projetos da companhia para a futura São Paulo de 1987.
A primeira linha inaugurada foi a linha 1-azul em 1974.
Mas muitos projetos de linhas foram engavetados e não foram concretizados.
Na época, o prefeito Faria Lima tinha um projeto em suas mãos de 4 linhas (o Metrô pertencia à Prefeitura).
Elaborado pelo consórcio alemão HMD (das empresas Hochtief, Montreal Empreendimentos e Deconsult), o esquema era ousado, com ambição de transformar a mobilidade em uma metrópole que já sofria com os congestionamentos e a falta de um bom transporte coletivo.
Em 1987, o Metrô já deveria ter 66 km. esta marca só foi conquistado nesta década.
O então prefeito foi ainda mais longe e, na introdução que escreveu para o projeto original, afirmou que São Paulo precisaria de 360 quilômetros de linhas de metrô em 1990.
Um dos principais motivos do Metrô não ter saído do papel é a cultura brasileira que todos tem que ter carro.
A maior das linhas do projeto inicial era a que ligaria o Jockey à Via Anchieta, com 23,8 quilômetros e 26 estações. Esta linha cruzaria com uma linha vermelha, que iria da Casa Verde á Vila Maria. A mais parecida com as de hoje, a Santana-Jabaquara, teria 21 quilômetros, 23 estações e um ramal até Moema, na zona sul, parcialmente construído a partir da Estação Paraíso.
Na atual Estação Pedro II é possível ver outra construção fantasma: a plataforma do que seria a parada do ramal Pedro II-Vila Bertioga, na zona leste. Hoje, o Governo de São Paulo tenta tirar o atraso e conta com 4 obras simultâneas: linhas 4, 5, 15 e 17.
Ainda há a previsão de mais 4 obras iniciarem entre este ano e o próximo: linhas 2, 6, 18 e 20.
Todos torcemos para que agora, os planos se concretizem.
Por Caio Lobo