O incêndio que paralisou por 4 horas as 6 linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no último sábado (6) foi parar no Ministério Público, que vai apurar as causas do incêndio. O fogo atingiu o prédio do CCO.
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“A questão central é a do orçamento da CPTM, uma questão de verba. O Estado tem mandado um orçamento para ela (CPTM) que é insuficiente para atender a demanda que eles têm”, afirma Maurício Ribeiro Lopes, promotor de Habitação e Urbanismo. “É uma impressão que tenho em função das constantes falhas que têm havido. Isso mostra que eles operam no limite.”. As declarações foram publicadas no jornal “O Estado de São Paulo”
Segundo o promotor, a CPTM opera com aos ramais “no limite” e “sobrecarregadas“. “E é no limite que acontecem os erros. Acho que essa falha pode estar relacionada a essa operação no limite das forças da CPTM.”
O promotor enviará nesta quarta-feira, 10, à CPTM um questionário para tentar esclarecer o ocorrido.
No ano passado, a companhia transportou 764,2 milhões de passageiros, 9,1% a mais do que no ano anterior. Segundo o relatório da administração da empresa, no ano passado houve um incremento de 16,1% na receita operacional bruta da companhia, chegando a R$ 1,7 bilhão.
Mesmo assim, a empresa fechou em um prejuízo de R$ 217,2 milhões, valor um pouco maior do que o do ano anterior, R$ 216,9 milhões. Na verdade todos os anos a CPTM fecha no vermelho por cobrar tarifas únicas em trechos que atravessam toda a região metropolitana.
A CPTM diz que o prejuízo “ficou muito aquém do índice de inflação em 2012, fixado em 5,84”. A empresa é de sociedade de economia mista dependente do governo do Estado, tem receitas tarifárias que “não cobrem os custos de capital e operacionais impostos pela produção do serviço“.
Por Renato Lobo, com as informações da Agência Estado
