O MetrôRio não anda agradando seus usuários. Mesmo com a entrada de novos trens, o sufoco continua.
Por mais de três décadas, o metrô circulou com o mesmo número de trens. Até que veio a promessa de compra de novos vagões. O primeiro desembarcou no Porto do Rio em abril de 2012, com um atraso de um ano e meio. Os outros foram chegando aos poucos. De acordo com a concessionária, até o dia 28 deste mês todos os 19 trens — que custaram à empresa R$ 320 milhões — estarão em condições de operar. A frota só não circulará com a capacidade total devido às obras na Praça General Osório.
A frota atual é de 42 trens, sendo dois reservas. Desse total, 15 são modelos novos, comprados na China; outros quatro estão em fase de teste.
O sufoco dentro dos vagões não é o único problema enfrentado pelos passageiros do metrô. Os usuários também reclamam das frequentes paralisações no sistema, o que aumenta o intervalo entre os trens e lota as plataformas de embarque. No dia 28 de janeiro, centenas de passageiros ficaram presos, por mais de uma hora, dentro dos vagões, devido a uma pane. Depois de liberados, alguns tiveram de caminhar sobre os trilhos, pelos túneis escuros, até a plataforma mais próxima. Oito estações da Zona Sul ficaram fechadas em pleno rush da manhã.
O MetrôRio só tem 2 linhas e com uma extensão que não chega a 50 km, o que está muito aquém do que a Cidade Maravilhosa necessita.
Segundo o diretor da concessionária Joubert Flores, o dia em que todos os trens estiverem em pleno funcionamento, o intervalo será de 4 minutos. No ano passado era de 6 minutos e, hoje, 4,35 minutos no horário de pico.
Por Caio Lobo