Durante décadas, mais precisamente entre 1871 (tração animal) até a meados de 1960, os bondes circularam na capital paulista, mas o “progresso” do transporte individual acabou por tirar este tipo de modal das ruas, e São Paulo que tinha uma estrutura completa do que poderia ser hoje uma rede de VLt’s ficou a ver navios e congestionamentos.
Mas, agora a SPTrans fez estudos, e seu corpo técnico defende a volta dos bondes, que teve sua última linha desativada em março de 1968.
De acordo com o documento, a volta dos bondes é a melhor alternativa para reduzir as emissões de poluentes, uma vez que o sistema é alimentado pela rede elétrica. Na Rio+20, São Paulo se comprometeu a reduzir em 45% as emissões de gás carbônico até 2030.
Os técnicos afirmam que, como o Brasil possui uma matriz energética composta por 87% de fontes renováveis, o uso desse estoque deveria ser incentivado. Além disso, há linhas de transmissão suficientes para garantir o bom funcionamento do sistema.
Viabilidade
Especialistas em transportes apontam que o retorno dos bondes depende da decisão da prefeitura de priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual. O modelo, hoje, pode ser adotado com um sistema auto-suficiente de energia, sem a necessidade de uma rede aérea.
Com isso, é possível colocá-lo em operação em linhas no centro expandido, servindo como alternativa para viagens de curta distância e desafogando o metrô nessa região.
Em muitas cidades da Europa o bonde, chamado de VLT ou Tram é usado e aprovado pela população. Só que lá o sistema não sofreu a extinção.
Por Renato Lobo, com as informações de Metrô