No começo do ano, o Governo Federal solicitou à Prefeitura de SP que adie o aumento da tarifa dos ônibus para tentar conter a inflação. Haddad prontamente acatou a solicitação e informou que o aumento ficará para junho. Mas este adiamento terá impacto imediato nos cofres públicos.
Levantamento feito pela Comissão de Finanças da Câmara Municipal mostra que este adiamento custará R$ 50 milhões mensais aos cofres públicos, valor que não consta no orçamento deste ano. Isso sem contar outros R$ 660 milhões devem ser consumidos em subsídios ao longo do ano, caso a estimativa orçamentária se confirme.
Se a tarifa aumentar só em junho, a Prefeitura terá que desembolsar R$ 300 milhões não previstos no orçamento. Isso porque Haddad, desde que entrou na Prefeitura, só sabe fazer uma coisa: reclamar que a Prefeitura não tem dinheiro.
Nos bastidores, Haddad recebeu como contraproposta de Dilma, para não aumentar as tarifas, verbas do PAC Mobilidade para viabilizar propostas para a área de transporte, especialmente a construção de 150 km de corredores de ônibus.
O governador Geraldo Alckmin também atendeu o pedido de Dilma e não aumentou as tarifas do Metrô, CPTM e EMTU porém, até o momento, não há estudos de quanto está sendo o impacto desta medida nos cofres estaduais.
Por Caio Lobo