Uma pesquisa recente intitulada “A Mobilidade no Brasil” do Ipea – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, mostra que as políticas públicas para o setor dos transportes sofrem grandes distorções.
Segundo o levantamento, os carros de passeio recebem 90% dos subsídios para os transportes no País, cerca de 12 vezes mais que os transportes coletivos.
Este desequilíbrio acaba por gerar mais trânsito e poluição, o que acaba gerando uma perda de produtividade e altos gastos com manutenção de vias e saúde pública. A pesquisa mostra ainda que os transportes individuais consomem 68% da energia usada nos deslocamentos das cidades enquanto que os transportes coletivos usam 32%. A poluição gerada pelos carros é 15 vezes maior que a emitida pelos transportes coletivos.
Na verdade os números do levantamento mostram um pensamento bem difundido entre os brasileiros, em que apenas o carro serve para o deslocamento. Alguns enxergam o automóvel como sinal de status, e que andar de ônibus é “ralé”. Mas, o número de carros que incorporam a frota não é o mesmo que são construídas avenidas ou ruas.
Por Renato Lobo