As vésperas da concorrência da Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo, que inicialmente vai ligar o bairro da Brasilândia até a estação São Joaquim, uma publicação da Revista Brasil Econômico diz que a tal licitação vai fracassar.
Segundo o texto da reporter Juliana Garçon, comenta-se que o projeto do edital desanimou os investidores e é possível que não apareça nenhum interessado no leilão: “Não é possível criar um novo esqueleto econômico-financeiro e jurídico combinando diferentes propostas de índices de alavancagem, taxas e prazos de retorno, estruturas de garantia, mecanismos de pagamento e sistemas de verificação de desempenho” diz o texto.
A publicação cita que Guilherme Afif Domingos, vice-governador e presidente do Conselho Gestor das PPPs, considera o risco está descartado. “Devemos ter, no leilão, ao menos os três grupos que apresentaram propostas.”. Afif aponta a captação de recursos como o diferencial entre os concorrentes. “Quem conseguir fonte de recursos mais baratos leva vantagem”, defendeu.
O ramal orçado em R$ 7,8 bilhões, com 50% bancada pelo estado, a linha terá 15,5 quilômetros de extensão e ligará a região noroeste da cidade (Brasilândia) à porção sudeste do centro expandido (São Joaquim). Terá intersecção com as linhas azul e amarela e passará pelos bairros da Liberdade, Bela Vista, Higienópolis, Perdizes, Lapa e Freguesia do Ó, além da Brasilândia.
A concessão tem 25 anos e será levada pela empresa que apresentar a menor contraprestação para o estado. A previsão é de que as obras sejam iniciadas em 2014 e concluídas em 2020. O prazo para realização das obras é de seis anos, mas o governador Geraldo Alckmin disse, na cerimônia de lançamento do edital, crer que o projeto pode ser concluído em quatro anos.
As empresas têm até o fim de abril para apresentar propostas.
Por Renato Lobo