O edital da Linha 6 – Laranja deve sair nesta quarta feira. Como falamos aqui no Via Trolebus, a concorrência deve ser internacional e tem a previsão de investimentos na ordem de R$ 8 bilhões, e o inicio das obras para julho de 2014.
Ontem o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou a licença ambiental prévia da obra, que abriu caminho para o lançamento do edital atraindo empresas interessadas na obra, que terá 15 estações e atenderá 650 mil passageiros diariamente.
Ainda que a licença ambiental tenha sido aprovada por unanimidade pelos membros do Consema, órgão subordinado ao Estado, houve críticas de alguns órgãos:
O conselheiro Antonio César Simão lembrou os gargalos operacionais. “Qual é o impacto que essa (nova) linha vai trazer às outras estações? Sé e República, por exemplo, já são vistos como lugares onde fica inviável tomar o metrô.” O conselheiro Antonio Abel questionou por que o Metrô não apresentou o projeto da Linha 6 ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, já que a obra poderá interferir em 12 cursos d’água. “Não adianta só pedir (licença) para o governo. Você tem de discutir com a sociedade civil.”
Os representantes do Metrô no encontro, realizado no prédio da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, na zona oeste, rebateram as críticas. Epaminondas Duarte Júnior, assessor da Gerência de Planejamento da empresa, afirmou que, no caso da superlotação, a expansão do sistema, com a entrega de novas linhas, ajudará a desafogar as estações que já existem, como a Paulista, da Linha 4-Amarela.
Sobre o impacto em córregos e rios, o Metrô alegou que não precisava da manifestação do comitê de bacias para conseguir a licença ambiental e que a Linha 6-Laranja terá “apenas travessias subterrâneas que não interferem com recursos hídricos”.
Por Renato Lobo, com as informações de “O Estado de São Paulo”