Dois trens se chocaram no patio Jabaquara do Metrô no ultimo sábado (1) por volta das 13h27, no bloco de manutenção. De acordo com o sindicato dos metroviários, após um técnico deixar a cabine do trem, a composição I12, reformada pelo consórcio Alstom/Siemens, mesmo sem ninguém no comando, partiu, atingindo a composição A 33. Segundo o sindicato, por muito pouco a composição não alcançou um técnico de manutenção que se encontrava entre as composições e que pulou escapando ileso, ao ser alertado por um grito pelo técnico que deixara o trem vendo-o partindo sem ninguém na cabine.
A Alstom é a mesma empresa que está vendendo o novo sistema de sinalização e segurança CBTC ao Metrô de São Paulo. O sindicato acusa a empresa de ser uma das que promovem as polêmicas reformas nos trens, custando quase o preço de uma composição nova e que já teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta no seu país de origem (França) por corromper autoridades do Terceiro Mundo. O sindicato acusa ainda a Alstom por suspeita de ser a depositante de milhões de dólares retidos pelo MP (Ministério Público) suíço nas contas de um ministro do TCE (Robson Marinho) e de um ex-secretário de Transporte Metropolitanos de São Paulo (Jorge Fagali Neto).
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirma que enviará uma petição ao MPE (Ministério Público Estadual) solicitando apuração urgente por considerar o acidente gravíssimo. Essa situação pode colocar em risco a vida não só de metroviários e prestadores de serviços na empresa como também da população.
No lugar da composição acidentada, a I12, o metrô deslocou o trem H60 da linha 3 para a linha 1.
Por Renato Lobo | Fotos do Sindicato dos Metroviários