Passageiros da Linha 8 – Diamante já contam apenas com novas composições da série 8000 no ramal que liga a estação Julio Prestes, no centro da capital até o município de Itapevi. Dos 36 trens adquiridos 25 já estão nas dependências do pátio Altino da CPTM. Os novos trens possuem uma série de inovações, entre elas o salão continuo (gangway) e ar refrigerado.
Por consequência, as antigas composições da série 5000 deixaram de circular na linha 8. De acordo com informações na última terça feira foi o último dia em que os chamados “fepasões” prestaram serviços após 33 anos de operação.
Este Trem foi fabricado entre 1978 e 1980 pelo consórcio CCTU (formado pelo consórcio Francorail, Société MTE , Brown Boveri, Traction Cem Oerlikon e Jeumont Schneider) para a Linha Oeste da FEPASA, que o nomeou série 9000. Como representante do CCTU no Brasil foi escolhida a COBRASMA – Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários, que foi responsável pela revisão de entrega dos primeiros trens (vindos inteiramente montados da França) e da montagem (em regime de CKD – Completely Knocked Down) dos 80 TUE’s restantes.
As 20 primeiras unidades (de um total de 100) foram totalmente fabricadas na França, sendo as 80 restantes montadas no Brasil pela Cobrasma, localizada no município de Osasco.
Na metade da década de 80, a FEPASA renomeou toda a sua frota de carros, e assim, os chamados “trens franceses” foram renumerados dentro da Série 5000. Sua numeração passou a ser UI 5XXX, onde o UI significava “Unidade Inoxidável” seguida da série do trem (Série 5000) mais dos números de identificação de cada TUE (seqüêncial).
Em 1992, a operação das linhas da FEPASA foram repassadas à nova empresa CPTM, que operava as linhas Oeste e Sul da Fepasa, porém os valores arrecadados na bilheteria eram repassados à FEPASA. Somente no ano de 1996 a CPTM passou a operar totalmente as novas Linhas B e C (atuais 8 – diamante e 9 – esmeralda). O fepasão era o maior trem operacional da CPTM, sendo que cada composição possuía 12 carros, divididos em 2 TUE’s de 6 carros.
Estas composições não devem rodar em outras linhas.
Por Renato Lobo | Imagem de William Molina