Fernando Haddad nem começou na Prefeitura e já possui um imbróglio em suas mãos. Aumentar ou não a tarifas dos ônibus em SP.
Este ano, o subsídio para as empresas de ônibus bateu recorde: R$ 961 milhões. Isto se deve à decisão do atual prefeito, Gilberto Kassab, em não aumentar as tarifas municipais (hoje em R$ 3,00).
Para o próximo ano, primeiro da gestão Haddad, o subsídio pode ultrapassar a marca do R$ 1 bi visto que só sua promessa de campanha, o Bilhete Único Mensal, consumiria a quantia aproximadamente de R$ 400 milhões.
O governo municipal tem um ponto positivo a seu favor. Em setembro, o governo reduziu os impostos para as empresas de transporte coletivo, o que deve abater em pelo menos 4% o custo do sistema paulistano, o equivalente a R$ 220 milhões por ano. Porém, caso a tarifa permaneça nos R$ 3,00 atuais, esta medida não será suficiente para o subsídio não passar a marca dos R$ 1 bi.
O último reajuste municipal foi em 2010, de 11,1%, contra uma inflação acumulada na época de 6%. Desde então, a inflação passa de 10%. Se esse percentual for aplicado, a passagem de ônibus chegará a R$ 3,30.
Nova licitação
Em julho de 2013 vencem os contratos do transporte coletivo atual. Até lá, a Prefeitura necessita fazer uma nova licitação. Segundo o vereador Antonio Donato (PT), esta licitação pode fazer com que os custos atuais diminuem. Em pior dos casos, mantém como está.
A Prefeitura precisa remodelar o atual sistema de informática do Bilhete Único que se encontra saturado e defasado. Caso isso ocorra, a promessa do Bilhete Único Mensal pode sair no segundo semestre do ano.
Outra opção é a Prefeitura fazer uma licitação a parte do novo sistema.
Por Caio Lobo