O grande vilão da mobilidade urbana, grande causador da poluição atmosférica nas cidades, especialmente São Paulo, meio de locomoção menos democrático tem recordes de vendas e consequentemente emplacamentos no mês de agosto. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) elevou a sua projeção de crescimento no comércio de automóveis e comerciais leves em 2012 para 8,05%. No entanto a previsão anterior, do início de julho, indicava uma queda de 0,4%.
Com a ameaça do fim do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI reduzido para carros novos, as vendas de automóveis e comerciais leves bateram recorde, com 405.518 emplacamentos em agosto, uma alta de 15,4% sobre julho. O governo previa o fim do benefício fiscal para o setor automotivo em 31 de agosto, mas decidiu prorrogar para mais dois meses.
Mais carros, mais poluição
Os motores dos carros emitem uma série de poluentes. O mais prejudicial é a combinação de material orgânico e substâncias inorgânicas. Poeira, terra, ácidos, metais e químicos orgânicos são alguns dos componentes dessas partículas que ficam suspensas. A maioria dessas susbtâncias é realmente pequena, e quanto menor a partícula, mais prejudicial ela é; partículas cujos diâmetros são menores do que 10 micrômetros são capazes de entrar nos pulmões. Uma vez nos pulmões, essas partículas em suspensão também podem causar sérios problemas para o coração. O dióxido de nitrogênio, produzido quando o combustível é queimado em altas temperaturas, também pode trazer problemas – em altas concentrações ele pode danificar seus pulmões e causar dores no peito.
Por Renato Lobo