A briga continua em torno de um possível fim na integração entre o sistema de ônibus de Diadema, e o corredor de trólebus do ABD. A EMTU anunciou no ano passado o fim da integração gratuita. O motivo alegado pela empresa de transporte é o alto custo e o investimento em manutenção. A população, movimentos sociais, sindical e partidos fizeram diversas manifestações para manter o serviço gratuito. Diante da mobilização popular, o Ministério Público se envolveu no caso.
O prefeito de Diadema, Mário Reali, disse nesta semana durante a reunião mensal dos prefeitos no Consórcio Intermunicipal, que a briga judicial entre prefeitura e a EMTU não acabou. A integração entre ônibus municipais e trólebus é realizada de maneira gratuita desde 1991.
“Vamos continuar brigando pela gratuidade. Até o momento, o que temos é apenas uma decisão de um dos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Nada foi unânime e, portanto, cabe recurso, tanto é que já apresentamos (o recurso)”, comentou Reali.
O prefeito acusa a EMTU de não ter conseguido explicar o real motivo para acabar com a gratuidade. “Eles falaram que o dinheiro era para a eletrificação do corredor, depois voltaram atrás e falaram que é porque as contas não fecham. Mas o fato é que até agora a EMTU não mostrou seus números. A impressão é que a empresa está sofrendo pressão da operadora para acabar com a integração”, avaliou.
No dia 19 de julho, o ministro Ari Pargendler derrubou a liminar do Ministério Público que impedia a EMTU de cobrar a integração nos terminais da cidade.
Por Renato Lobo