O Governo federal continua empenhado em construir o primeiro trem de alta velocidade no território Brasileiro, sendo que agora o projeto será licitado com um alto nível de exigência para a tecnologia. Segundo o próprio governo, as novas regras vão atrair empresas com experiência em projetos similares, como Japão, França, Alemanha, Espanha e Canadá, além dos novos participantes do mercado –Itália, Coreia do Sul e China.
Na semana passada o governo criou a chamada “Empresa Brasileira do Trem de Alta Velocidade”, na tentativa de dar novo fôlego ao projeto. A primeira licitação deve ocorrer no primeiro semestre de 2013 e que as obras possam começar em 2014 e terminar até o fim de 2018. Conforme já adiantamos aqui no Via Trolebus, o modelo de concessão é previsto com dois leilões. O primeiro leilão definirá o operador ferroviário (dos trens), o segundo escolherá quem vai construir e operar a linha.
Já na etapa seguinte será contratado uma empresa para gerenciar o projeto executivo, que será feito por trechos da obra, com o intuito de agilizá-lo e tornar possível o leilão da segunda etapa até o fim de 2013.
Sobre o valor da obra, em 2009 todo o projeto era orçado em R$ 34 bilhões. Já as construtoras falavam em entre R$ 55 bilhões e R$ 60 bilhões no ano de 2011. Já com o projeto executivo, haveria um valor mais preciso do custo da obra.
Governo vai bancar operadora, caso TAV der prejuízo.
A surpresa, ou não, é que o plano atual prevê que o governo vai arcar com os custos caso o dinheiro das passagens não chegam em um valor já firmado em que a operadora deverá lucrar. Ou seja, o governo pode ter prejuízos, mas o setor privado não.
Por Renato Lobo