O governador de São Paulo Geraldo Alckmin assinou nesta quinta-feira, 14, em Washington, um contrato de financiamento no valor de R$ 2 bilhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), dinheiro esse que será aplicado na construção do trecho norte do Rodoanel Mario Covas. É o maior empréstimo já firmado pelo governo de São Paulo.
“O financiamento do BID vai nos ajudar a arcar com o último trecho do Rodoanel Metropolitano de São Paulo. É uma obra que vai ajudar muito o trânsito de passagem, o acesso e a saída da grande metrópole do país. Melhora a logística, interligando o mais importante aeroporto, que é Cumbica, com o maior porto, que é Santos”, afirmou Alckmin. As obras começam no segundo semestre e terão duração de 36 meses.
O total da obra deve custar R$ 6,51 bilhões de reais, cujo R$ 2 bilhões de financiamento do BID e os outros R$ 2,79 bilhões de orçamento do Estado. Outros R$1,72 bilhão provém da União.
E o Ferroanel?
Nada foi falado sobre a obra do ferroanel norte, obra tão esperada para desafogar a malha de trens cargueiros da CPTM. O que se sabe, é que em Janeiro passado Alckmin pediu ampliação dos gastos do governo estadual. “Pedimos uma autorização, um espaço fiscal de R$ 10 bilhões para financiamentos. É uma ampliação em relação ao ano passado, que foi R$ 7 bilhões, [valor] que já foi dado”. A intenção do governador é destinar o financiamento para obras do metrô e do trem (metade desse valor), além do Ferroanel e de saneamento.
Por falar em Metrô e CPTM, antes da assinatura do contrato com o BID, Alckmin se reuniu com a diretora geral do Banco Mundial, Sri Mulyani Indrawati para discutir a possibilidade do Governo do Estado obter empréstimo para a expansão do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Por Renato Lobo