Ainda que o Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes afirmou anteriormente que existia a possibilidade de falha humana, o próprio admitiu que o maquinista “deve ter visto, tanto é que deve ter freado”. O trem que colidiu trafegava em uma velocidade entre 9 e 12 km/h, de acordo com Jurandir.
A mesma versão é defendida pelo secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin. O acidente ocorreu na Linha 3-Vermelha por volta das 9h50, entre as estações Carrão e Penha. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o acidente será investigado pela Delegacia do Metropolitano (Delpom).
Segundo o portal G1, o diretor do sindicato disse que esteve com o operador nesta quarta e que ele frisou que o trem estava no modo automático. Segundo o secretário-geral, os trens só operam no manual se houver algum problema ou o metrô receber código zero, o equivalente a zero de velocidade ou parado. Os códigos são enviados automaticamente para o trem, e cada um significa a velocidade que a composição vai atingir naquele instante.
“O operador descreveu que estava no trem, no modo automático, com código 44 [44 km/h], quando começou a se aproximar de outro metrô. Ele imaginou que receberia código zero [parado] e que o trem iria parar, mas o trem acelerou de repente. Chegou um código maior”, afirma Pasin. “Ele freou para não colidir com mais força no outro trem.”
Pain disse ainda a reportagem que para entrar em modo manual, o operador precisa pedir autorização do Centro de Controle. Ele ressalta que este modo não é o usual no Metrô e que a velocidade sempre é limitada no manual. Em operação no modo automático, a principal função do condutor é fiscalizar o funcionamento dos sistemas e agir em casos de emergência.
Para entrar em modo manual, o operador precisa pedir autorização do Centro de Controle, diz Pasin. Ele ressalta que este modo não é o usual no Metrô e que a velocidade sempre é limitada no manual. Em operação no modo automático, a principal função do condutor é fiscalizar o funcionamento dos sistemas e agir em casos de emergência.
Por Renato Lobo