Os quase 5 milhões de passageiros afetados pela greve do Metrô e parta de CPTM vão ter um dia “mais tranquilo” amanhã. No fim da tarde os metroviários decidiram, em assembleia aceitar o acordo com o Metrô e retornar ao trabalho. Eles paralisaram as atividades à meia-noite e interromperam a circulação de trens em trechos de três linhas. O acordo entre representantes do governo e do Sindicato dos Metroviários foi fechado em reunião também realizada na Justiça do Trabalho.
Já na CPTM, uma reunião entre funcionários da Companhia e a direção da empresa terminou com acordo logo a noite, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT). Duas linhas, a 11-Coral e a 12-Safira, estavam paralisadas desde o início da manhã. Veja a nota da Secretaria de Transportes Metropolitanos:
“Fim da greve no Metrô de São Paulo
É com satisfação que a população de São Paulo e o Metrô recebem a notícia do final da greve nociva e inútil iniciada ontem pelo Sindicato dos Metroviários e encerrada na tarde de hoje. Inoportuna, a paralisação criou dificuldades cruéis a milhões de trabalhadores da maior cidade do país. Criou também custo à eficiente classe dos metroviários, já que, se tivesse aceito a proposta feita ontem pela juíza, o sindicato poderia até ter obtido benefícios mais favoráveis sem o prejuízo à população.
Com isso, volta ao normal ainda esta tarde a circulação dos trens das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha. A circulação dos trens da linha 5-Lilás já estava normal.
A greve completamente sem sentido foi deflagrada antes do fim das negociações, com o claro objetivo de prejudicar a população dentro de uma agenda político-eleitoral. Pelo acordo celebrado na tarde desta quarta-feira (23/05) no TRT, será oferecido reajuste salarial de 6,17%, que é a soma da reposição integral da inflação mais aumento real de 1,96%. Também ficou acertado aumento do vale-refeição de R$ 19,87 para R$ 23,00; aumento do vale-alimentação de R$ 150,00 para R$ 218,00; e aumento do “Adicional de Risco de Vida” (dos agentes de segurança e estação) de 10% para 15%.
Ao contrário do que o sindicato tenta confundir a opinião pública, o Metrô hoje já pratica salários compatíveis com o mercado, além de propiciar amplo leque de benefícios aos seus empregados.”
Por Renato Lobo