Assunto bem presente nos jornais e blogs que tratam da Mobilidade Urbana, é a construção de novas linhas de Monotrilho. Só na região metropolitana de São Paulo, 3 linhas estão na ordem do dia nas discussões, sendo que 2 delas já estão em obras: a extensão da Linha 2 – Verde de Vila Prudente até Cidade Tiradentes e a Linha 17 – Ouro, que vai ligar a estação Jabaquara, o aeroporto de Congonhas até a estação São Paulo – Morumbi. Ambas devem estar em operação em 2014, na suas primeiras fases. A terceira linha prevista para operação no horizonte de 2020 é a 18 – Bronze, que vai ligar a estação Tamanduateí até o bairro do Alvarenga em São Bernardo do Campo.
Mas, para alguns especialistas, é questionável a capacidade deste modal em comparação com o sistema sobre trilhos já existentes. De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo” para Kazuo Nakano, arquiteto e urbanista do Instituto Pólis, a funcionalidade do projeto. “O monotrilho é usado hoje em lugares menores, como em aeroportos, não em ambiente metropolitano. Com um grande número de viagens e de passageiros, como o monotrilho vai se comportar? Se já estamos vendo um grande número de problemas nas linhas do metrô e da CPTM, como será com o monotrilho?”, questiona.
O Governo rebate dizendo que as novas linhas de monotrilho terão a maior capacidade do mundo. A linha 2 por exemplo, terá um carregamento de cerca de 550 mil passageiros dia, sendo que o intervalo entre as composições será de 75 segundos. O Trem do monotrilho terá 7 carros com capacidade para 1000 pessoas. Outra justificativa é o preço da obra, muito mais em conta que o Metrô convencional.
Por Renato Lobo | Imagem de Sérgio Mazzi