O mestre em Engenharia de Transportes, Horácio Augusto Figueira em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo, diz que não adianta seguir construindo mais pistas para carros. “O automóvel, que é predatório, vai tomar conta delas rapidinho. No fundo, todas as obras, seja alargamento da Marginal do Tietê ou construção de pontes estaiadas, foram inúteis. Deveriam ter aplicado mais recursos no transporte público.”.
O Anúncio foi feito em uma reportagem que trás a piora do trânsito em São Paulo. Dados da CET apontam que no horário do auge dos engarrafamentos, às 19h, houve um acréscimo de 10 % em filas de carros parados. Em média, nos dias úteis do mês passado, a capital teve 129,7 km de filas no horário, 11,8 km a mais do que em setembro do último ano.
A matéria mostra ainda que nem todos os motoristas, porém, topariam trocar o meio de locomoção. “Mesmo se existisse uma linha de ônibus que me pegasse na porta de casa e me deixasse em frente ao escritório, eu não usaria. Prefiro o carro”, diz o administrador de empresas Érico Théo Ceraso, de 45 anos, que mora em Interlagos e trabalha no Itaim-Bibi, na zona sul. A assistente de planejamento Caroline Espinosa, de 24 anos, que vive na Saúde, na zona sul, e também usa carro para ir trabalhar, pensa diferente. “Rezo para criarem uma linha de fretado entre alguma estação de metrô e Itapevi (onde trabalha, na Grande São Paulo). Assim, vou abandonar o carro.”
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) emplacou, entre agosto de 2010 e o mesmo mês neste ano, 223 mil veículos na capital.
Por Renato Lobo, com as informações de Estadão