Com a copa do mundo, o assunto “Mobilidade Urbana” sempre está em destaque. Muito se fala também de transportes sustentáveis, inclusive, recentemente a prefeitura anunciou que vai cumprir o contrato de renovação de mais 127 trólebus, que irão se juntar com os outros 13, completando 140, como o combinado.
Mas, para a grande maioria dos estudiosos dos transportes públicos, os ônibus elétricos funcionam melhores em corredores exclusivos. O Portal Via Trolebus relembra do capitulo ” A desativação dos trólebus da Avenida Santo Amaro”:
Na capital paulista, o Corredor Santo Amaro foi projetado em 1985 para operar exclusivamente com trólebus, incluindo linhas expressas e paradoras, que podia ter trazido valorização de seu entorno, pois os veículos elétricos são mais silenciosos e limpos. Seria uma versão do corredor de trólebus do ABD, este aprovado pela população.
Mas, com o passar dos anos houve a descontinuidade desta ideia, permitindo a invasão de uma grande quantidade de ônibus pequenos em dezenas de linhas comuns, congestionando excessivamente o corredor e descarregando uma enorme quantidade de poluentes abrindo as portas para a degradação das avenidas em que abrigam a faixa exclusiva.
Com a deterioração do pavimento do corredor os danos nas redes elétricas passaram a ser constantes, tornado o sistema trólebus cada vez mais precário e causando transtornos e avesso aos usuários.
O Pior de tudo é que a própria prefeitura na época usou o fim dos trólebus como propaganda para o novo corredor.
E antes que você pense em poluição visual, o sistema poderia ter ser adaptado para este fator: Postes de sustentação da rede poderiam ter harmonia com a arquitetura local, também servindo de suportes de luminárias. Os cabos de alimentação seriam enterrados.
Os “substitutos” dos Trólebus
Na época a prefeitura apresentou algumas tecnologias que prometiam a substituição dos trólebus, mas até hoje nenhuma delas foi de fato adotada, e no lugar rodam ônibus comuns a diesel.O “ônibus híbrido” que possui a tração elétrica e é alimentado por um gerador a diesel e baterias, foi um dos eleitos. Mas ainda são protótipos, passiveis de ajustes. Outro modelo de ônibus visto como alternativo são os movidos a gás natural. Mas, esta tecnologia deveria substituir os ônibus a diesel, pois eles também poluem, em menor grau.
Por Renato Lobo