A prefeitura de São Paulo, após uma consulta publica, retomou o Edital para reforma e manutenção da rede de trólebus. As propostas deverão ser entregues até o dia 21 de Julho. No ano passado todo os cabos que alimentam os ônibus elétricos voltou a ser propriedade da prefeitura, após anos de indefinições entre ela e a Eletropaulo. Este impasse acarretou em anos e anos de falta de manutenção preventiva nos cabos, e hoje temos constantes falhas na operação do modal, inclusive com ocorrência registrada ontem no centro, paralisando 4 linhas por várias horas.
A empresa que ganhar a licitação vai cuidar além da manutenção preventiva e corretiva, da reforma de cerca de 162 Km dos 201 km de redes. Esta reforma consiste em troca dos fios e dos tirantes, para ganchos flexíveis, que permitem uma maior velocidade dos trólebus, diminuindo a incidência de escape de alavancas. A concessionária vai ter que construir um CCO especializado para os sistema, e cuidar das 25 subestações retificadoras, que convertem corrente alternada, para continua. Caso seja preciso criar novas rotas para os trólebus, o gasto continua sendo feito pela prefeitura. A empresa deverá ter cerca de 87 funcionários e terá que prestar serviços 7 dias por semana, 24 horas por dia. Curiosamente está descrito no edital também a manutenção da rede das avenidas Marquês de São Vicente, e Ordem e Progresso, onde anos atrás trafegavam trólebus na linha 9300 que liga o centro à Casa Verde, e também os cabos da Rua São Caetano, onde foi testado um sistema de corrente alternada no ano passado.
O sistema trólebus possuí 190 veículos e transportam mais de 2 milhões de passageiros por mês.
Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.