Na próxima semana podemos ter novidades em relação a linha 17 ouro. O Metrô espera para a semana que vem um parecer favorável sobre o processo judicial envolvendo a construção deste monotrilho que vai ligar a linha 1-Azul, o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e a região do Morumbi. “O desembargador deve dar essa análise na semana que vem e se Deus quiser haverá compreensão. Há muita gente que quer e há aqueles que não querem. Todos têm de ser respeitados”, contou Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos.
A construção da obra está impedida devido a uma liminar obtida pela Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah), que entrou na Justiça com uma ação civil pública alegando falta de licença ambiental e projeto básico. “Queremos o monotrilho pronto para maio de 2014 (Copa do Mundo). Agora, se nós não conseguirmos assinar o contrato até julho deste ano, aí nós só conseguiremos começar a obra em dezembro, janeiro (de 2012), aí não dá mais tempo”, desabafou Jurandir.
O presidente do Metrô, Sérgio Avelleda explicou que a Linha 17 não será construída pensando apenas da demanda do Estádio do Morumbi, e sim por uma ligação “ferroviária” com o aeroporto, comum em várias cidades do mundo, porem inexistente em São Paulo: “Ela terá capacidade de 50 mil passageiros por hora/sentido”, lembra Avelleda. Na quarta-feira, o Metrô obteve a primeira licença ambiental para a construção, mas o Cades, ligado à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, fez 55 exigências para liberar outras duas licenças ambientais necessárias.
Especialistas em transporte e Urbanistas se dividem na questão do Monotrilho. Uns temem que as avenidas que vão receber a obra correm o risco de se degradarem, já que a linha corre em via elevada. Outros dizem ainda que a linha não carrega o mesmo que uma ligação tradicional de Metrô, o que é uma verdade. Monotrilhos transportem no máximo 50 mil pessoas por hora/sentido, como bem disse acima Sérgio Avelleda, mesmo carregamento que um BRT implantado corretamente. O Metrô explica que o monotrilho é mais barato que o metrô tradicional e que sua implantação é mais simples, já que parte da estrutura que abriga o modal já vêm pré-moldada.
Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.