Foto: Ricardo Guimarães | Diário da CPTM |
Parceria entre o Estado de São Paulo e o Governo Federal vai possibilitar o início de estudos para o Ferroanel. Segundo publicação da Revista Ferroviária, a ordem de serviços para o Estudo Funcional e de Demanda do Ferroanel e Acesso a Santos deve ser assinada nesta terça feira (28/06).
Segundo o site, o levantamento será feito pelo Consórcio Ferroanel Paulista, vencedor de licitação internacional no início deste ano, que terá um ano para concluir os estudos. O projeto inclui ainda o estudo de demanda de cargas para a região metropolitana, que definirá o modelo de financiamento e o tipo de concessão (privada ou público-privada). Tudo isto vai custar dos cofres públicos, cerca de R$ 4 milhões.
É evidente que o tal Ferroanel já está mais do que atrasado, por grande culpa dos governos que continuam a eleger o transporte rodoviário como a grande solução para o escoamento das mercadorias produzidas no nosso país, ainda que este sistema custe mais caro para o Brasil, e que representa um dos maiores vilões da qualidade do ar.
O usuário da CPTM sofre diretamente, já que grande parte do dia, os trens urbanos são obrigados a dividir espaço com composições cargueiras, o que acarreta maiores intervalos, e maior tempo de parada nas estações, o famoso “´paramos para aguardar a movimentação do trem a frente”. Com trens de carga circulado dentro da atuação da CPTM nunca teremos um serviço similar ao do metrô em questão de frequência de trens.
Outro ponto importante com a construção do ferroanel, e a saída dos trens cargueiros nas linhas urbanas de passageiros, é a possibilidade da reforma das estações da linha 7 – rubi, com a remodelação das plataformas mais próximas do trem, evitando o abismo entre trem e a plataforma. Hoje parte das estações não podem ter esse tipo de reforma por conta das do fluxo das composições cargueiras que trafegam por elas.
Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.