Mobilidade Urbana

Kassab, e o descaso com o transporte público


Uma das promessas de campanha do prefeito da cidade de São Paulo Gilberto kassab, o transporte público parece que saiu da lista de prioridades. Boa parte das ações previstas para o setor que é fundamental para a capital paulista, simplesmente não está sendo feita, ou está em atraso. Anteriormente este canal mostrou o descaso com a renovação da frota de trólebus. Dos 140 previstos até 2010, apenas 12 rodam. Reveja a matéria


Mas a coisa é pior. Foi relacionadas as 10 pêndencias no site da UOL, sendo que 3 delas falam sobre a mobilidade urbana:


Novos corredores de ônibus

Na Agenda 2012, Kassab prometeu entregar 66 km de corredores de ônibus, mas nenhum quilômetro ainda foi implantado. Mais da metade da quilometragem prometida (34 km) é formada por monotrilhos –nenhum quilômetro dessa modalidade foi inaugurado–, que possui tecnologia, operação e capacidade diferentes dos corredores de ônibus.


Resposta da prefeitura: “Novos corredores em fase de elaboração de projeto deverão ser implantados até 2012. São eles: corredor Radial Leste, com 12 km; Capão Redondo/Vila Sônia, com 12 km; corredor Berrini, com 3,5 km; e o binário Santo Amaro, com 8 km, que já está em licitação para as obras. Além desses, os novos corredores Casa Verde/Lapa/Centro, com 5,5 km, e Varginha/Parelheiros, com 8 km, estão em processo de elaboração de projeto.”




Nove terminais de ônibus

Dos nove terminais de ônibus prometidos, apenas um foi construído. O plano de metas prevê que quatro terminais sejam entregues até agosto desse ano, mas apenas um terminal está sendo erguido. Os outros não saíram do papel.


Resposta da prefeitura: “Os terminais de Perus, Novo Parelheiros, terminal rodoviário satélite Itaquera e terminal rodoviário satélite Vila Sônia estão em fase de projeto. O novo terminal trimodal Jardim Ângela (Monotrilho/Metrô e ônibus) está em processo de elaboração de projeto e as obras devem ser iniciadas no início do próximo ano.”


Redução da tarifa de ônibus

Em agosto de 2008, durante a disputa para a Prefeitura de São Paulo, Kassab disse que iria se esforçar para reduzir ao máximo o preço da tarifa do ônibus. “O nosso objetivo é tarifa zero. Eu sempre disse que como homem público não vou sossegar enquanto ela não for zero. Eu tenho essa meta de vida”, disse. No entanto, em janeiro desse ano, a tarifa de ônibus na capital paulista subiu de R$ 2,70 para R$ 3 –variação de 11%, o dobro da inflação do período– após decreto de Kassab. Um ano antes, o prefeito já havia ordenado aumento de R$ 2,30 para R$ 2,70. Ou seja, em seu segundo mandato, Kassab subiu a passagem de R$ 2,30 para R$ 3, aumento de 30%.


Resposta da prefeitura: “A Secretaria Municipal dos Transportes esclarece que o reajuste da tarifa busca equilibrar o valor da passagem e o valor investido nas compensações tarifárias, que beneficiam cerca de 1,8 milhão de passageiros (idosos e deficientes que não pagam a passagem e estudantes que pagam 50% da tarifa), gerando uma economia de recursos que serão investidos em projetos para beneficiar o sistema de transporte público da Capital.”

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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