O Metrô de São Paulo adiou a entrega do primeiro trecho da Linha 15-Prata, o monotrilho que vai ligar o a estação Ipiranga até o Hospital Cidade Tiradentes, de acordo com informações do jornal “O Estado de São Paulo“. Estava marcado para este mês o inicio da operação assistida entre a estação Oratório e a Vila Prudente, por onde a linha 15 fará integração com a 2-verde.
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A publicação traz a fala do presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, que afirma que o atraso é por conta do trem protótipo: “Agora, é um trem novo, que nunca tinha sido desenvolvido, é a primeira vez que se faz um trem desse tamanho.”. Trata-se do primeiro monotrilho com alta capacidade do mundo, com um carregamento diário na ordem de 550 mil passageiros. cada composição da linha 15 terá 7 carros.
“O grande problema de Vila Prudente e Oratório não diz respeito à obra civil, diz respeito às questões do trem, que é novo, que está sendo desenvolvido pela primeira vez. Nunca a Bombardier fez um trem dessa magnitude. Hoje, só temos três trens entregues pela Bombardier no pátio, então, não dá para operar. Ainda não foram feitos testes suficientes, então, por uma questão de segurança, e temos discutido muito isso com a Bombardier, não adianta termos uma precipitação de colocar em operação assistida um equipamento que é moderno, novo, mas que ainda não tem a quantidade de testes necessária para se ter segurança”, disse Pacheco ao jornal durante evento na sede da Prefeitura de São Paulo.
Operação assistida diferenciada
Como de praxe, toda a estação que é inaugurada passa por um período de teste, onde os sistemas, funcionários e até mesmo a população testam a nova parada. Geralmente estes testes são apenas em dias úteis, em horários restritos. Mas no caso da Linha 15 o presidente do Metrô disse que as composições só estarão disponíveis aos passageiros aos sábados e domingos:
“Não estamos nem querendo chamar mais de operação assistida. No caso lá, inclusive, estou chamando de visita controlada, que provavelmente o regime de operação na fase inicial vai ser mais no final de semana, do que no regime como está (a Estação Adolfo Pinheiro) na Linha 5 (que só abre em dias úteis). Porque precisamos de muito tempo ainda para testar, então, a ideia é que lá seja uma visita controlada aos finais de semana, de tal maneira que a Bombardier possa ter o sistema durante a semana para testes.” – disse
O fato do Metrô pedir prazo para entregar a obra não causa nenhuma estranheza, isto por se tratar de uma tecnologia nova. O sistema de sinalização que controlará os trens também será o CBTC, já presente na linha 4-Amarela, esta que por sua vez teve um longo período de validação do sistema, para que a tecnologia se tornasse confiável aos técnicos do Metrô. Assim como no ramal amarelo, o monotrilho também não terá “maquinista” a bordo.
