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Promotoria do MP encontra indícios de fraude por empresas de ônibus da Grande SP

ônibus soApós os protestos contra o aumento na tarifa de ônibus que pararam a cidade de São Paulo nas últimas semanas, o Ministério Público decidiu investigar as empresas ligadas ao transporte público da capital.

Na explicação sobre a composição dos custos da tarifa do transporte público da cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad deixou claro que são os usuários quem pagam a maior parte dos custos: 70%, enquanto a prefeitura arca com 20% e as empresas com apenas 10%.

Era possível ouvir nos protestos pelas ruas da capital a ponderação de que não deveria haver lucratividade com o transporte público, mas sim um serviço de qualidade e a custo acessível. Em meio às declarações do prefeito e à alta temperatura de ânimos nas ruas, o Ministério Público decidiu investigar os “tubarões do transporte” da capital. Investigou e achou.

De acordo com a promotoria, algumas empresas tiveram movimentações suspeitas de dinheiro, o que poderia indicar possível fraude. A empresa Happy Play, que integra um consórcio da capital, recebeu R$4,8 milhões em depósitos em um único ano, dinheiro vindo de empresas do mesmo consórcio.

Ainda, tais empresas teriam trocado ônibus novos por mais velhos, em uma tentativa de lucrar sobre a venda dos veículos mais modernos. Não obstante, linhas de ônibus foram vendidas, as quais não poderiam ser negociadas por serem concessões da prefeitura de São Paulo.

Tais empresas são integrantes do consórcio Leste 4, que administra linhas de ônibus na zona leste da capital, região que é apontada como a com pior qualidade neste tipo de serviço na cidade. Empresários alegam falta de verba para melhora na qualidade do serviço. Já para a promotoria do Ministério Público, ficou claro que houve desvio de verbas.

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Matheus de Faria

Via Trolebus