Foto: Cecilia Bastos
Ciclista

Avelleda fala das bikes na gestão Doria

O secretário muncipal dos transportes e mobilidade urbana, Sérgio Avelleda, concedeu entrevista a Revista São Paulo, do jornal Folha de São Paulo, que foi veiculada nesta domingo, 2.

 

Avelleda usa praticamente sua bike para se locomover a todos os lugares que necessita. Em 2015, ele trocou de vez seu carro pela magrela. “Ano passado, fiz 6.500 quilômetros pedalando. Se preciso de carro, chamo um táxi ou uso um aplicativo.”

 

Os ciclistas comemoraram quando Avelleda foi escolhido secretário porém passados 3 meses de gestão começam a ficar com pé atrás. Avelleda pede calma. “Nosso compromisso é aumentar o número de ciclistas na cidade. A bicicleta é uma política pública das mais importantes: as maiores cidades do mundo hoje se dedicam a expandir seu uso.” Hoje há quase 500 km de ciclovias/ciclofaixas pela cidade.

Avelleda diz que sente falta de ver mais bicicletas circulando. “A gente vai ser mais respeitado à medida que ocupe mais espaços. Quanto mais bicicleta houver nas ruas, mais as pessoas vão reconhecê-la.”

E como está a estrutura para que os paulistanos tirem as suas bicicletas de casa e as coloquem no asfalto?

“Alguns espaços reservados aos ciclistas são muito bons, outros são razoáveis e outros não fazem muito sentido”, responde o secretário. “Falta conectividade. Você vê algumas vias que começam num lugar onde não tem ciclovia e terminam em outro igual. Nossa prioridade é aumentar essa conexão, fazer a rede funcionar.”

Nos planos da gestão Doria consta a intsalação de cabines onde o ciclista poderá tomar banho e se trocar antes de entrar no trabalho. Elas serão chamadas de “bike-stops”. A primeira deve ser instalada na Berrini e outra em Pinheiros.

Ampliar a ciclovia da Radial Leste para levá-la do Tatuapé, na zona leste, ao Parque Dom Pedro, no centro, é outra proposta, além de aumentar a oferta de bicicletários, expandir as ciclovias e corrigir traçados atuais.
Avelleda não cita, entretanto, metas e prazos para nenhuma delas.

“Todo o investimento da prefeitura está congelado. Não é fácil”, diz ele, que afirma estar em busca de parceiros na iniciativa privada para viabilizar os projetos.

Sérgio Avelleda prevê que o crescimento da bicicleta em São Paulo é um caminho sem volta. “O Metrô faz a cada dez anos a pesquisa Origem e Destino, levantamento complexo e sofisticado que entrevista centenas de milhares de pessoas. Em 2007, a pesquisa apontava 38,5 milhões de viagens por dia na região metropolitana de São Paulo. Dessas, 360 mil eram feitas de bicicleta. Tenho certeza de que na pesquisa deste ano o número será de 1 milhão ou mais.”

Fonte: Revista São Paulo do jornal Folha de São Paulo

Sobre o autor do post

Caio Lobo

Paulistano e Corinthiano, formado em Marketing porém dedicou sua experiência profissional, pós-graduação e MBA na área de Finanças. Temas relacionados à mobilidade urbana o fascinam, principalmente quando se fala de metrô.

Via Trolebus