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Gestão Doria gasta o dobro do previsto em subsídio em janeiro

A prefeitura de São Paulo gastou R$ 305 milhões em subsídios para as empresas de ônibus no mês de janeiro, o dobro do que era previsto. Com isso, já foram utilizados 17% dos recursos reservados no ano para este fim.

Além disso, a gestão João Doria já tinha, até esta quarta-feira, 15, uma dívida de R$ 237 milhões com as empresas de transportes, segundo dados do sistema de execução orçamentária da Prefeitura e da transparência da SPTrans.

Com a promessa de não aumentar a tarifa unitária e com o bloqueio da Justiça de suspender os reajustes das integrações, a situação se agravou.

Se continuar neste ritmo, os recursos resevardos para subsídios termina em junho. A Prefeitura afirma ser possível levar as contas até setembro — depois, seria preciso retirar recursos de outras dotações para manter a frota operando.

A gestão municipal, em janeiro de 2016, gastou 9,75% dos recursos para aquele ano. Em 2015, 8,9%. No ano de 2013, onde o ex-prefeito Fernando Haddad congelou as tarifas devido aos protestos, o gasto foi de 15%.

Em nota ao jornal Estado de São Paulo, a gestão Doria reconhece os desafios. “É preciso lembrar que, em 2016, o subsídio atingiu volumosos R$ 2,9 bilhões, frente a um orçamento aprovado de R$ 1,7 bilhões (diferença de R$ 1,2 bilhões)”, diz o texto. “Para 2017, o orçamento prevê R$ 1,8 bilhão, o que sugere que o déficit de 2016 deve se repetir”.

“Para fazer frente ao déficit previsto para 2017, a nova administração vem adotando uma série de medidas de austeridade e eficiência, para ao mesmo tempo atender às prioridades e manter o orçamento equilibrado”, continua a nota da Prefeitura. “No curto prazo, vamos renegociar contratos, redefinir critério de compras, congelar gastos não prioritários e rever programas ineficientes. Do lado da receita, vamos aprofundar o combate à sonegação e intensificar a cobrança aos devedores do município. Ao mesmo tempo, vamos fazer parcerias e privatizações para cortar custos e gerar receitas alternativas”, afirma a Prefeitura.

“Paralelamente, a SPTrans vem desenvolvendo esforços para redução dos custos do sistema e esforços para combater as fraudes no sistema do bilhete único”, conclui a nota.

Sobre o autor do post

Caio Lobo

Paulistano e Corinthiano, formado em Marketing porém dedicou sua experiência profissional, pós-graduação e MBA na área de Finanças. Temas relacionados à mobilidade urbana o fascinam, principalmente quando se fala de metrô.

Via Trolebus