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Doria pega ônibus e fala da função de cobradores

O prefeito de São Paulo, João Doria, pegou ônibus às 6 da manhã no Terminal Capelinha, nesta segunda, 6, junto com o seu secretário dos transportes, Sérgio Avelleda. Ele utilizou a linha que vai em direção ao Terminal Bandeira, ao lado da sede da Prefeitura.

“É a experiência da vida real, por isso que nós fizemos isso sem avisar, sem informar ninguém e ouvindo a população e pedindo que pontuem, deem suas notas. De maneira geral o serviço foi bem avaliado, não foi ruim, algumas observações relativas ao horário, a frequência dos ônibus, mas de maneira geral a aprovação foi média 7. Eu tenho perguntado às pessoas pra avaliar de 0 a 10 qual a nota que oferecem para o serviço”, afirmou Doria.

A gestão pretende implementar na cidade o sistema de BRT que será denominado de Rapidão. Neles, não haverá cobrador, pois a tarifa é paga antecipadamente na parada. De acordo com o prefeito, o BRT será implantado ainda no primeiro semestre deste ano. A linha 6450, do trajeto feito por Doria nesta segunda, deve ser a primeira a receber o Rapidão.

“Gradualmente, com o tempo, é possível que isso venha a ocorrer [extinção do cobrador], mas sem desemprego. Nós estamos solicitando que as empresas capacitem os cobradores para serem motoristas”, disse o prefeito.

Sergio Avelleda disse que estuda desestimular o pagamento em dinheiro no sistema e não descarta a possibilidade de um reajuste na tarifa para o passageiro que paga sua viagem com cédulas ao invés de utilizar o cartão do Bilhete Único. Assim, aos poucos, a função do cobrador deixaria de existir.

Os cobradores arrecadam, em media, R$ 300 milhões em dinheiro de passagens e o custo de tê-los no sistema gira em torno de R$ 900 milhões.

Sobre o autor do post

Caio Lobo

Paulistano e Corinthiano, formado em Marketing porém dedicou sua experiência profissional, pós-graduação e MBA na área de Finanças. Temas relacionados à mobilidade urbana o fascinam, principalmente quando se fala de metrô.

Via Trolebus