O Metrô deve entregar esta semana ao Ministério Público Estadual sua proposta alternativa para o fechamento da ciclovia do Rio Pinheiros para as obras da linha 17-ouro.
A proposta é construir uma ciclovia do outro lado da marginal e fazer acessos na Ponte Cidade Jardim e João Dias, que compreende o trecho que será interrompido por 2 anos para as obras.
Na manhã desta quarta-feira, 30, técnicos do Metrô se reuniram com cicloativistas para debater a alternativa de usar as Pontes Cidade Jardim e João Dias para a travessia das bikes. Ficou acertado, de acordo com a cicloativista Renata Falzoni, que participou das discussões, que essa é a proposta que o Metrô defenderá no MPE, e não mais a de se fazer uma ponte flutuante.
“E até que as obras para garantir essa travessia pelas pontes para o outro lado do rio sejam concluídas, eles vão oferecer vans para levarem os ciclistas de um ponto interrompido da ciclovia até o outro”, disse Falzoni. “Tem muita gente que usa essa ciclovia para ir trabalhar, não a lazer. Essa demanda tem que ser atendida enquanto houver interrupção total do trecho.”
Ainda segundo ela, o Metrô falou em usar um asfalto “especial” para construir a ciclovia no lado oeste do Pinheiros. “Um que não seja danificado caso tenha que passar veículos ali.”
O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, revelou que as obras para permitir a travessia e a construção da nova ciclovia começam “imediatamente” depois da decisão do MPE. “É a própria construtora (do monotrilho) que vai fazer.” Os trâmites após a aprovação devem levar cerca de uma semana. Ele não divulgou a previsão de gastos.
A cicloativista Renata Falzoni afirmou que os técnicos do Metrô informaram que a conversão da margem oeste do Rio Pinheiros em ciclovia pode levar dois meses. “Mas tudo vai depender das chuvas, que podem atrasar o cronograma