O Governo do Estado de São Paulo quer publicar o edital da Linha 18 – Bronze do Metrô em Agosto deste ano (antes tinha prometido para Julho). Trata-se de um monotrilho que vai ligar a cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, à estação Tamanduateí, integrando com as linhas 2 – Verde do Metrô e a linha 10 Turquesa da CPTM. Serão 12 estações em 14,3 km de extensão com 23 composições. A demanda estimada é de 365 mil passageiros por dia.
De acordo com o Jornal “O Estado de São Paulo” o sistema que vai ser utilizado será semelhante as cidades de Nova York, Chicago, Sidney e Osaka. Entretanto alguns destes sistemas apresentam problemas.
Em Sidney (Austrália) o monotrilho serve apenas aos visitantes do centro comercial, deve ser demolido. Depois de duas décadas, o trem aéreo de lá está com os dias contados. O governo marcou o fim das operações para este ano. A razão: o trem serve apenas ao centro comercial e não está interligado a outros meios de transporte.
Já no Japão, em Tóquio, o monotrilho é responsável por ligar um aeroporto ao centro. Mais de 200 mil passageiros pagam US$ 5 para fazer o trajeto todos os dias. O último quilômetro do sistema foi construído em 1964, para a Olimpíada. Além da capital do Japão, a cidade de Osaka conta com monotrilhos que ligam as cidades aos aeroportos com alto grau de confiabilidade. Entretanto, o custo operacional do monotrilho é maior, o que exige bilhete mais caros.
PPP
Segundo o governo, a nova linha será construída por meio de uma PPP (Parceira Público-Privada), onde a implantação, operação e manutenção ficarão a cargo de uma concessionária privada: “Os investimentos são da ordem de R$ 3 bilhões, sendo 55% de aportes públicos e 45% aplicados pelo setor privado”, informou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Julio Semeghini. A concessão será por 25 anos.
Nesta quarta-feira, 5, o secretário terá encontros na Prefeitura de São Paulo com o prefeito Fernando Haddad, e autoridades dos municípios da grande São Paulo (ABC), para acertar detalhes do projeto, que contou com assessoria do Banco Mundial (Bird).